METOXETAMINA
"LEGAL HIGH" da InternetFROM
Efeitos
Tal como tem sido descrito por consumidores, os efeitos da metoxetamina (MXE) são similares aos produzidos pela cetamina, mas com um maior atraso no início de ação (90 minutos) e maior duração de ação (entre 5 a 7 horas), quando administada oralmente.[1]
A metoxetamina induz estados de consciência alterados com uma grade variedade de efeito dentro dos seus utilizadores.[2]
Os efeitos desejados podem variar com a dose tomada e a via de administração, e incluem:[1]
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Euforia;
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Empatia;
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Sensação de “aconchego”;
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Intensificação agradável da perceção sensorial, especialmente enquanto se ouve música;
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Sensação, de suave a forte, de dissociação do corpo físico com possíveis experiências de quase-morte,
uma vez que se trata de um anestésico dissociativo;[3] -
Distorção do sentido de realidade;
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Alucinações vívidas;
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Introspeção;
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Efeitos antidepressivos de curta duração.
De um modo resumido, a MXE parece funcionar como um modulador de humor de curta ação com elevado poder alucinogénico e propriedades dissociativas. Contudo, a sua ingestão pode estar associada a vários efeitos secundários, tais como:[1]
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Tonturas;
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Confusão;
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Distorção da noção de tempo;
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Afasia;
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Memória a curto prazo afetada;[3]
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Sinestesia;
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Paranóia;[3]
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Agitação psicomotora.
Após o término do efeito da MXE é comum o aparecimento de náuseas, fadiga e insónia.[3]
Consumidores admitidos em urgências após ingestão de MXE experienciaram efeitos dissociativos/catatónicos e simpaticomiméticos tais como agitação, taquicardia, alucinações, confusão, estupor, midríase e nistagmo.[1]
Referências:
[1] Corazza, O., Assi, S., Schifano, F., From “Special K” to “Special M”: The Evolution of the Recreational Use of Ketamine and Methoxetamine. (Review) CNS Neuroscience & Therapeutics, 2013. 19: p. 454–460.
[2] Kjellgren, A., Jonsson, K., Methoxetamine (MXE) – A Phenomenological Study of Experiences Induced by a “Legal High” from the Internet. Journal of Psychoactive Drugs 2013. 45(3): p.276–286.
[3] Corazza, O., Assi, S., Schifano et al, Phenomenon of new drugs on the Internet: the case of ketamine derivative methoxetamine. Hum. Psychopharmacol Clin Exp 2012. 27: p.145–149.
